História Um Anjo Na Minha Janela (Romance Gay) (2023)

Narrador Anônimo: Nem só de anjos possuindo corpos de garotos delinquentes e delegados burros, vive essa história! Sinto que tem um outro lado em Áurea, que ainda não contei aqui, e que é super importante pra história, então é hora de mergulhar um pouco, no universo das fadas.

- - - - - NELL NARRANDO - - - - -

- Meu filho, você vai levantar que horas? - eu ouvi a voz estridente da minha mãe bem próxima ao meu ouvido, abri os meus olhos de forma lenta, e sentindo um certo incômodo, por causa da claridade ali.

- Que horas são mãe ? - pergunto irritado, cobrindo meu rosto com o edredom.

- Horas suficiente pra você levantar Nell! Hoje é o dia da sua coroação! - ela puxa o meu edredom.

- Ah sim…A coroação…- digo sem ânimo suspirando, e me sento na cama.

- É…Eu sei que você não está nem um pouco animado pra isso, mas…Solare precisa de um rei, e chegou a hora de usar essa coroa, sem contar que você vai se casar também,então levanta. - ela diz e sai do meu quarto.

Já faz dois meses que meu pai morreu, e ele era o pai mais incrível que eu já conheci na vida, sem brincadeira.

Alguns amigos meus, tinham pais legais, mas ninguém superava o meu.

Papai sempre me levava pra pescar com ele, me ensinava sobre história, feitiços que nos Elfos podíamos lançar e alguns que também não podíamos lançar.

Ele sempre conversava e brincava muito comigo e com meu irmão, era um bom marido pra minha mãe, e um excelente líder para a nossa comunidade.

Há dois meses atrás, uma criatura tentou romper um dos portais de nossa cidade, e lá estava o meu pai, para nos proteger mais uma vez, morreu sendo o herói que ele sempre foi.

Aquele foi um dos piores dias da minha vida, como uma pessoa tão boa podia morrer, enquanto o mundo ainda tem tantas pessoas tão más vivas?

Solare ficou sem um rei, eu sou o filho mais velho, já que o Nate tem só sete anos, por isso eu deveria assumir a coroa imediatamente.

Só que esse imediatamente, se tornou dois agonizantes meses, onde eu evitei ao máximo toda essa conversa, e coroação, mas isso começou a prejudicar Solare, que precisa que um Elfo original, abasteça com sua energia vital, a árvore da vida, para que nossos rios continuem limpos, cheios de peixes, nossas árvores continuem dando frutos, nossos portais continuem nos escondendo dos humanos, e para que toda a nossa magia continue fluindo dentro de nós.

Todos em nossa comunidade viviam me falando que estavam ansiosos para a coroação, e eu acho que eu era o único que não estava…Era um fardo pesado demais pra alguém com dezesseis anos, meu pai havia sido um rei perfeito, e eu provavelmente iria arruinar tudo, eu me conheço melhor do que ninguém, vai por mim.

Pensei em fugir várias vezes, ir pra outras cidades, longe de Solare, Áurea, e recomeçar a vida como se eu fosse um humano comum, onde a minha única preocupação seria quantos anos a Netflix levaria pra lançar uma próxima temporada de alguma série que eu amo.

Toda essa loucura e preocupação me tiravam do eixo, mas ainda bem que eu tinha o Luke ao meu lado.

- Bom dia meu reizinho. - Luke diz entrando no meu quarto sorridente.

- Bom dia meu príncipe. - digo com um sorriso enorme, já faz dois anos que a gente namora, mas toda vez que o vejo, meu coração dispara como se fosse a primeira vez.

Luke se inclina e me dá um selinho, se senta ao meu lado, e eu coloco minha cabeça em seu ombro esquerdo, e seguro a sua mão.

- Você tá nervoso ? - ele pergunta acariciando meus rosto com sua mão direita.

- Sim…Sabe que ainda dá tempo da gente fugir né? - eu pergunto e ele ri.

- Para…Você vai ser um ótimo rei, tenho certeza disso. - ele diz tirando minha cabeça de seu ombro, olhando em meus olhos.

- Como que você pode ter tanta certeza disso? - pergunto.

- Porque você é uma pessoa maravilhosa, não tem como dar errado. - ele responder.

- Claro eu tenho você ao meu lado, e realmente não tem como dar errado, afinal você vai se tornar rei comigo. - digo o olhando.

- Sim…- ele diz, suspira e olha pra baixo.

- Que foi ? Não quer mais casar comigo ? - pergunto aflito,

- Não…Claro que eu quero Nell, só que…Estamos fazendo isso pra manter Solare em ordem, não porquê planejamos fazer isso…Parece meio errado…- ele diz me olhando.

- Sim, eu entendo…Mas pensando pelo lado bom, a gente se ama, e isso é maior que qualquer coisa. - Digo apertando a bochecha dele.

- Eu amo quando você pensa pelo lado bom. - Luke ri.

- Sim! Já pensou estar na pele do Rafa agora? Tendo que ficar com o Heitor por obrigações da comunidade? - pergunto.

(Video) Meu Marido E Irmão São Um Casal Agora. O QUEEEEE?!

- Nem tanto vai m…O Rafa gosta do Heitor. - Luke argumenta.

- Hunf! Gostar não é o suficiente quando se tratam de duas pessoas em uma situação dessas…Tendo que casar. - digo.

- É…Se for olhar por esse lado, sim. Anda, levanta que se não você vai se atrasar. - Luke levanta, e me puxa da cama.

Descemos para a cozinha, e à mesa do café está linda, já há familiares meus aqui, do Luke e tudo parece perfeito demais, meu pai amaria ver tudo isso, e estaria orgulhoso com certeza.

- Bom dia cunha. - Rafa diz sorridente.

- E ai cunhadinho. - digo pra ele.

- Meus parabéns hein mano. - Heitor, o “namorado” do Rafa surge logo atrás dele, estendendo a sua mão, com um largo sorriso no rosto.

- Valeu. E quando vai ser o de vocês? - pergunto rindo.

- Por mim já poderia ser hoje mesmo, mas…O Rafa tá só me enrolando. - Heitor diz rindo e beija o pescoço do Rafa.

- Não tô nada. - Rafa diz rindo.

- Espero que logo, e que seja um festão. - digo rindo e nos sentamos à mesa de café.

- Trouxe bolo de cenoura pra você. - Luke cochicha pra mim, e só então percebo aquela delícia em cima da mesa.

- O meu bolo favorito…Já disse que te amo? - pergunto o olhando e o beijo.

- Bom dia família linda, hoje como sabem, é a coroação do Nell, e também a celebração do casamento com o Luke, e eu não poderia estar mais agradecida, porquê é um momento importante para a nossa comunidade. - minha mãe diz feliz.

- Já era hora dos pombinhos juntarem as escovas né? - a minha sogra diz, arrancando risos meus e de outros familiares nossos.

- Sim Angélica, minha comadre, hoje se inicia um novo ciclo pra nós! Saúde pra Nell e Luke! - minha mãe diz levantando seu copo.

- Saúde! - dizem todos fazendo o mesmo que ela.

- Um brinde de café, primeira vez que vejo. - digo rindo.

- E quanto ao que vem acontecendo na cidade? Isso será resolvido pelo novo rei ? - meu tio Isaac diz, e todos o olham.

- Tio, esse não é um assunto pra nós, as coisas em Áurea devem ser resolvidas pelos sobrenaturais e humanos de lá. Até onde sei, o Conselho Sobrenatural já está na cidade, então eles que se resolvam. Solare está em paz, e assim deve continuar. - digo.

- Sim, mas temos um garoto morto, e há relatos de um Lobisomem a solta. Sabemos bem o que eles fizeram no passado com os pais do Rafael. - meu tio diz, e na hora Rafael abaixa a cabeça.

- Isaac, meu irmão, como o Nell já disse, tudo está sobre controle, não vamos nos meter em assuntos que não são nossos, hoje é um dia de Celebração! - minha mãe diz sorrindo e meu tio fecha a cara.

Todos começam a tomar café, mas logo eu e Luke somos arrastados para o ensaio da coração e de nosso casamento.

É uma produção enorme, com muita gente envolvida, fadas, Elfos, Silfos voando para todos os lados.

São 13:00 horas, quando já estou com as minhas vestimentas para a celebração, e Luke também já está pronto, ele está lindo demais.

- Nossa…Você é lindo, mas hoje…Você tá mais lindo ainda.- digo o olhando.

- Para…Você também tá um gatão. - ele diz me olhando corado.

- Você sabe, a gente vai ter que casar de novo, porquê esse aqui não vale. - digo.

- Porquê você sempre diz a coisa certa? - ele pergunta acariciando meu queixo.

- Meninos, podem entrar. - uma das minhas tias surge no cômodo.

Seguro na mão de Luke, e então saímos da casa em que estávamos, caminhando pelo bosque, há muita festa de todos ao nos verem, que batem palmas, assobiam, e gritam comemorando.

Alfredo, um Sábio Elfo, nos espera embaixo da árvore da vida, sinto meu coração bater depressa.

Quando enfim chegamos a árvore da vida, todos se sentam em bancos, e então o Sábio Elfo começa a falar;

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- Esse domingo, não poderia ser mais bonito, estamos na presença de dois jovens lindos e saudáveis, prontos para dar o ponta pé em uma vida toda juntos. E para vocês verem como nós, Elfos, Fadas, Silfos e Elementais somos evoluídos, essa não é uma relação que nos choca, são apenas dois garotos se amando, e compartilhando todo o amor deles com a gente, nessa união tão especial.

Príncipe Nell, os seus votos por favor. - Alfredo diz.

- Bom…(Eu me viro pra Luke, que está com olhinhos cheios de lágrimas) É até difícil falar sobre alguém que é tão perfeito, mas…Quando eu te conheci, desde aquele dia já sabia que você seria meu namorado, que você era e é o amor da minha vida. Custou um pouquinho pra que você pudesse entender que eu era o amor da sua vida também (digo e alguns riem) Mas acabou que no final, tudo deu certo, graças ao Universo, porquê eu não me imagino sem você Luke. Você é como a luz que enxergo todos os dias, a motivação que me faz continuar lutando pelas coisas em que eu acredito…Eu te amei ontem, te amo hoje, vou te amar amanhã, e para todo sempre. - digo e Luke chora, arrancando um “Awn” das pessoas ali, e eu o abraço forte.

- Olha…Vai ser difícil superar isso…É a sua vez Luke. - Alfredo diz, acabamos rindo.

- Você consegue. - digo em seu ouvido, beijo seu rosto e saio do abraço com Luke.

- É vai ser difícil mesmo…Mas…Eu sempre sonhei em ter alguém comigo, alguém que me completasse, que me entendesse como eu sou, e que pudesse viver sonhos loucos comigo, e de forma inesperada, surgiu você, que sejamos sinceros, é um doido em forma de garoto, mas um doido do bem, um doido do amor! E eu pensei; “Nossa, será que eu mereço alguém tão incrível assim?” E eu me apaixono todos os dias por você, desde que você me roubou um beijo na loja da minha mãe. (Algumas pessoas riem, e eu acabo rindo junto) Eu não mudaria na nossa história, eu te amo. - ele diz, e nos beijamos.

Nossas orelhas crescem, linhas do nosso poder elementar surgem em nossos rostos.

- E com a benção da natureza, essa união está concretizada, príncipe e príncipe, que agora se tornam Reis de Solare. Tragam as coroas. - Alfredo diz, e então algumas fadas nos trazem as coroas de louro, colocando em nossas cabeças.

- Espero que façam um bom trabalho. - Alfredo nos diz.

- Nos faremos, Sábio Elfo. - digo baixinho e ele nos abraça, e todos batem palmas.

- Bom..O nosso primeiro decreto, é que todos festejem muito agora. - digo e todos voltam a festejar.

- Quer sumir um pouco? - Luke me pergunta.

- Quero. - digo sorrindo pra ele, e é o que fazemos.

Caminhamos mata a dentro, e só paramos quando chegamos perto do rio, onde nos sentamos.

- Foi mais rápido do que pensei. - Luke diz.

- Tá aliviado ? - pergunto.

- Muito, você não ? - ele pergunta de volta.

- Muito também, afinal, independente de qualquer coisa, eu ainda tenho você comigo. - digo o abraçando.

>>>

- - - - - YUKITO NARRANDO - - - - -

Ainda sentia minha cabeça doer, quando acordei no fim daquela tarde de domingo.

Me sentia derrotado, mesmo tendo “vencido” a briga com o garoto do Conselho Sobrenatural.

Passei o dia na cama, com muito sono, dores no corpo, e não tinha certeza se era por ter usado meus poderes, por sentir que tudo estava pior do que antes, ou porque Daniel tinha feito alguma coisa na minha cabeça.

Graças a Deus meus pais não se lembravam nem de Daniel ter vindo aqui, nem Júlio e Benício que os coloquei pra dormir e claro que Koji e eu não falamos nada. Era bem mais fácil fingir que nada daquilo havia acontecido.

Ao meio dia, os meninos sacaram que eu não estava afim de fazer nada, e foram embora, para que eu pudesse voltar a dormir até o fim daquela tarde dolorosa.

Até que acordo, escutando o interfone tocar, e então a minha mãe me chama, desço as escadas, rumo a sala, e vejo Clarissa toda arrumada, como se fosse a algum evento importante.

- O que tá rolando ? Perdi alguma data especial? - pergunto confuso.

- Claro que não bobinho! Vim pra ir à missa com vocês. - Clarissa diz toda animada, e minha mãe revira os olhos.

- Sinto muito que tenha se arrumado a toa Clarissa, mas eu não vou à missa hoje. - digo.

- O que?! - as duas dizem juntas.

- Eu não vou à missa hoje. - repito cruzando os braços.

- É claro que você vai Yukito! Não está nem em questão de você ir ou não. - minha mãe diz brava.

- Sim! Eu me arrumei pra irmos juntos! Você parece que esqueceu de mim…Não responde as minhas mensagens…- Clarissa faz charminho.

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- Espera ai Clarissa…Você está indo a casa de Deus só pra ficar perto do Yukito ? - minha mãe pergunta a olhando.

- Hã…? Isso não tava meio óbvio? - Clarissa pergunta.

- Meu Deus! Que blasfêmia! - minha mãe diz nervosa, fazendo o sinal da cruz.

- Isso não importa agora, e aquela nem é a casa de Deus na real mãe. Eu não vou e acabou. - digo me virando pra voltar subir as escadas, estava cansado demais pra discutir.

- Yukito! Retire o que disse agora! - Minha mãe diz nervosa.

- Mãe, eu não vou, eu já—

- CALA A BOCA! (Ela me corta berrando, me pegando de surpresa, e Clarrisa arregala os olhos) Peça perdão a Deus agora. - minha mãe diz me olhando com fúria.

- Pedir perdão a Deus ? O que foi que eu fiz ? - pergunto.

- Acabou de dizer que “aquilo”, aquela linda catedral não é a casa de Deus. - minha mãe diz.

- Ah tá, você acha que Deus está feliz com o que acontece lá? Você ouviu o que a Cassandra disse do padre Tadeu? - pergunto a olhando.

- O que aconteceu? - Clarissa pergunta curiosa.

- Shiu! Fica quieta Clarissa! Escuta aqui Yukito, aquela mulher não sabia de nada, ela era um louca, e você é um ingrato! Olha o que Deus fez pela sua vida! Sabe quantos e quantos terços, padre Tadeu orou por você todos os dias?! E você me diz uma coisa dessas? Olha, que Deus te perdoe! Vai se trocar agora! Porque enquanto você morar debaixo do meu teto, você vai pra aquela igreja todo domingo! - minha mãe berra mais uma vez.

- Eu vou, mas saiba que não me sinto bem naquele lugar! - digo saindo com pressa.

Entro no meu quarto batendo a porta, e vejo meu reflexo balançar a cabeça negativamente, posso ouvi-lo dizer;

“Não mexe com a igreja dela, você tem que ser mais esperto”.

- Eu juro que tô tentando! Mas como frequentar aquela igreja, sabendo que o Padre é um possível lunático, assediador, possuído, sei lá! - digo.

- Qual o motivo da gritaria ? - Koji entra no meu quarto.

- Foi o padre Koji! O padre matou Theo, matou a Cassandra! - digo nervoso, procurando alguma roupa no guarda roupas.

- Que?! Cê tá doido?! - Koji pergunta desacreditado.

- Não, mas eu tô ficando! Tudo o que aconteceu com aquele cara do Conselho, essas mortes, mamãe me obrigando a ir na missa, eu tô…- digo respirando alto, e então Koji me abraça forte.

- Eu tô aqui. - ele diz em meu ouvido, e então coloco a minha cabeça em seu ombro.

À pergunta que me faço é; “Como eu vivi sem um Koji até aqui ?”

Mas aí ele me vem na mente, Oscar, e aquilo me derruba, eu não podia surtar, eu não podia desistir da missão.

- Você sempre me acalmando e me colando nos trilhos. - digo saindo do abraço.

- Eu sou seu irmão mais velho, tô aqui pra isso. - ele sorri.

- Valeu, mas valeu mesmo! - digo sorrindo.

- Não precisa me agradecer! Vou me trocar, vou na missa com você. - Koji pisca pra mim e sai do quarto.

>>>

A verdade é que voltar para essa igreja, me causa náuseas, e quando o padre Tadeu se senta em sua cadeira dourada, me sinto enojado.

A missa começa, e mais uma vez o garoto cego da minha turma, Murilo, lê sua Bíblia em braille.

Hoje eu posso sentir a sua energia esperançosa, como se pedisse muito algo a Deus, e quando termina sua leitura, o padre pede para que todos fechem os olhos, “para elevarmos nossos pensamentos até Deus”.

Eu fecho os meus olhos, e escuto muitas vozes ali, que dizem; “Preciso de dinheiro, me ajude Senhor”, “preciso de emprego”, “preciso que o Senhor salve meu casamento”.

Mas há um pensamento em especial, é o que me chama mais a atenção;

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“Senhor, eu não sei porque perdi minha visão, mas só você pode fazer ela voltar, porque você meu Deus, é o Deus do impossível, então assim como minha visão se foi do nada, ela também pode voltar do nada…Por favor Deus…Eu estou te implorando, eu sou uma pessoa boa…” Me de esse milagre! Eu quero poder ver o Sol brilhar de novo, ver a chuva cair, assistir a um filme, poder ir e vir, sem precisar de ajuda…Você realmente está aí Deus…? Me responde por favor…Me dá algum sinal…”

O meu coração se partiu em dois naquele momento, depois de ouvir a oração de Murilo, abro os meus olhos, e vejo ele no altar, ajoelhado, com seu rosto molhado por suas lágrimas, e ver aquilo me mata.

Quando o momento de oração acaba, a mãe dele vai até ele, o ajudando a voltar ao banco, e ele então chora no ombro da sua mãe, e ela segura a sua cabeça, tentando o acalmar, mas ela acaba chorando junto, o que me faz chorar também.

- Isso não é justo. - digo.

- O que ? Yukito…? - Koji me olha, e então enxugo as minhas lágrimas.

A missa acaba, Clarissa quer vir pra casa, mas é óbvio que os os meus pais não deixam, e eu agradeço demais por isso.

O nosso carro vem em silêncio, Koji até tenta falar comigo, mas estou pensativo demais pra isso agora.

Quando chegamos, subo direto ao meu quarto, fechando a porta, mas Koji entra.

- O que tá rolando com você? Me fala. - Ele diz.

- Nada demais, eu só…Preciso falar com o meu superior. - Digo já me sentando no chão.

- Você não vai embora né…? - Koji pergunta aflito.

- Não, eu prometo que não. - digo.

- Tá…Vou distrair os nosso pais lá embaixo, porque provavelmente logo teremos que jantar, então não demora. - ele diz, balanço a cabeça positivamente e ele sai.

Fecho os meus olhos, e então elevo meus pensamentos até Uriel, e não demora para que o escuro, se torne algum lugar claro, com uma grande mesa, e duas cadeiras.

Estou sentando em uma das cadeiras, e Uriel está de pé, com suas enormes asas abertas.

- Não me diga que desistiu ? - ele me olha.

- Não, na verdade vim pedir a sua ajuda. - digo o olhando.

- Hum…No que precisa da minha ajuda ? - ele pergunta me olhando.

- Tem um garoto cego naquela cidade, e ele é temente a Deus, ele vai na missa todos os domingos, ele acredita na cura…Você pode cura-lo, por favor ? - pergunto.

- Eu conheço o garoto…Murilo…Mas a resposta é não. - Uriel diz.

- Não? Porque não?! - pergunto.

- Eu não te devo explicações Theliel! - ele grita.

- Eu não tô acreditando nisso…Aquele garoto, ele acha que realmente vai ser curado em algum momento, que Deus vai olhar pra ele algum dia, e devolver a sua visão. - digo com raiva.

- Eu não sou Deus. Assunto encerrado. Foi pra isso que veio me incomodar ? - ele pergunta

“Incomodar” - penso.

- Sabe…Eu mesmo posso curar aquele garoto…Não posso…?- pergunto o olhando.

- Você não pode fazer isso…Seria exposto, todos saberiam da sua existência. - Uriel diz sério.

- A não ser que eu faça, sem ninguém saber. - digo.

- Theliel, você está avisado, se fizer isso, eu mesmo mato você. - ele diz sério.

- A nossa missão não é essa? Ajudar as pessoas, cura-las de suas enfermidades ? - pergunto.

- Não é bem assim. - ele diz.

- Não é bem assim o que Uriel?! Salvar um garoto bêbado e drogado de uma quase morte, tudo bem, porque ele ajudaria em sua missão, mas ajudar um garoto que teve a sua visão roubada, não pode? Hipocrisia. - digo.

- Eu conheci um anjo…Que falava exatamente como você está falando agora…Pedi permissão a Deus para matá-lo, não tive, ele virou uma das maiores pedras no sapato da humanidade, do sobrenatural…Desde aquele dia, Emanuel me deu carta branca para matar qualquer anjo, e eu não hesitaria em te matar Theliel. - ele puxa o meu corpo até ele, me enforcando com força.

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Volto ao mundo real, sentindo falta de ar, e tossindo muito, podia sentir a mão de Uriel apertando meu pescoço, ele não estava brincando.

Eu não tinha muitas opções, mas eu precisava fazer alguma coisa, porque sinto que tudo está errado, e mesmo que isso custasse a minha vida, eu faria aquilo que achasse certo!

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Author: Twana Towne Ret

Last Updated: 07/31/2023

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Name: Twana Towne Ret

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